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De algum modo, todos nós já sentimos, mesmo que de forma passageira, nervosismo e ansiedade. No entanto, quando este sentimento se torna constante, passa a ser uma condição designada por distúrbio de ansiedade.
É considerado distúrbio de ansiedade se:
A ansiedade pode manifestar-se sob 3 formas: neuroendócrino, visceral e de consciência.
Os tipos de ansiedade mais comuns são:
Os ataques de pânico são geralmente intensos, possuindo sentimentos de ansiedade incontroláveis, combinados com uma gama de sintomas físicos. Uma pessoa com um ataque de pânico pode sentir falta de ar, dor no peito, tonturas e uma transpiração excessiva.
Uma pessoa pode sentir medo em relação a um objeto em particular ou situação, tentando evitá-lo.
É considerada fobia social quando uma pessoa possui um profundo medo de ser criticado, envergonhado ou humilhado, mesmo em situações quotidianas como: falar em público, ser assertivo no trabalho, etc.
Caracteriza-se por um medo incontrolável de espaços abertos. Este medo compulsivo pode ser extremamente inibidor, e as pessoas que sofrem desta condição tendem a desenvolver um padrão comportamental de modo a evitar cenários triviais (como, por exemplo, ir às compras).
Uma pessoa com transtorno obsessivo-compulsivo possui pensamentos indesejados/intrusivos. Embora a pessoa reconheça esses pensamentos como desmiolados, muitas vezes tentam aliviar a ansiedade através da realização de determinados comportamentos ou rituais. Por exemplo, o receio à contaminação por germes pode levar a uma constante lavagem das mãos e das roupas.
Este transtorno pode surgir depois de uma pessoa viver uma situação traumática (por exemplo, uma guerra, um assalto, um acidente), podendo surgir sintomas como dificuldade em relaxar, sonhos perturbadores, etc.
Uma pessoa com este transtorno sente-se ansiosa em grande parte dos dias, preocupa-se constantemente com coisas diferentes, durante um período de 6 ou mais meses.
Tal como acontece com outras condições de saúde mental, não se conhece as causas dos distúrbios de ansiedade.
No entanto, acredita-se que o distúrbio de ansiedade generalizada esteja diretamente associado a alguns neurotransmissores como, por exemplo, a dopamina, serotonina e noradrenalina.
Há estudos que indicam haver também fatores genéticos e psicossociais que influenciam a presença do distúrbio.
Há alguns “fatores de risco” que podem aumentar a probabilidade de determinado indivíduo desenvolver a condição, nomeadamente:
Pessoas diagnosticadas com distúrbios de ansiedade regra geral apresentam sintomas emocionais e físicos. Assim, os principais sintomas associados à condição são:
Emocionais
Físicos
No entanto, os sintomas físicos e viscerais podem ser diferentes de pessoa para pessoa. Aliás, nas mulheres podem causar uma disfunção hormonal, podendo interromper a menstruação.
Pessoas com a condição apresentam, muitas vezes, uma variedade de sintomas físicos como: fadiga, dores de cabeça, náuseas, insónias, ondas de frio/calor, dores musculares, formigueiro nas mãos e pés, irritabilidade, isolamento social, dificuldade de concentração, perda de memória, entre outros. Contudo, para que seja classificado como distúrbio de ansiedade, estes sintomas devem ser contínuos e persistentes durante pelo menos 6 meses.
O diagnóstico dos distúrbios de ansiedade é realizado em grande parte com base numa conversa que o profissional de saúde tem com o paciente. Para melhor compreender os sintomas, o historial clínico do paciente e familiares é analisado. Por vezes, são também usados questionários psicológicos que ajudam a identificar o problema do paciente. Poderão também ser realizados exames físicos, para identificar se há uma possível ligação entre a ansiedade e uma outra condição médica subjacente, especialmente nos casos dos pacientes que apresentarem sintomas mais físicos como rigidez muscular, aperto no peito, etc.
O diagnóstico da doença é realizado com base em alguns critérios enunciados no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais IV (DSM-IV). Este manual foi publicado pela Associação Psiquiátrica Americana e é usado por profissionais de saúde para diagnosticarem condições mentais e por companhias de seguros para reembolsar tratamentos.
O manual estabelece critérios para o diagnóstico de cada um dos tipos de ansiedade. Se estes critérios forem visíveis durante pelo menos 6 meses, o diagnóstico pode ser feito.
Uma vez que os transtornos de ansiedade frequentemente coexistem com outros transtornos psiquiátricos, pode tornar o diagnóstico um desafio.
Os critérios do DSM IV-TR para a ansiedade generalizada:
Os distúrbios de ansiedade generalizada geralmente ocorrem juntamente com outros problemas de saúde mental. Alguns distúrbios que geralmente ocorrem com o distúrbio de ansiedade generalizada incluem fobias, síndrome de pânico, depressão, distúrbio de stress pós-traumático, entre outros.
Os critérios do DSM IV-TR para a ansiedade pânico:
Os critérios do DSM IV-TR para transtorno de stress pós traumático:
A condição pode ser acompanhada por sentimentos de medo, desamparo ou horror e esses sentimentos devem persistir pelo menos durante mais de um mês.
O paciente pode reviver o evento através de:
Paciente evita ou sente, ainda os seguintes sintomas:
Os critérios do DSM IV-TR para o transtorno obsessivo-compulsivo:
Pode ainda haver sintomas associados à ansiedade como:
Há diversos tratamentos que poderão tratar a condição, uns aprovados pela comunidade científica e médica, outros nem tanto. O tratamento varia de pessoa para pessoa, além de que toda a comunicação verbal e não-verbal por parte do paciente é importante para que o profissional de saúde defina o melhor tratamento.
O tratamento pode incluir uma ou todas das seguintes fases:
É difícil de diagnosticar uma criança com distúrbios de ansiedade. A ansiedade nas crianças pode manifestar-se através de problemas a nível de comportamento ou com natureza perturbadora ou rebelde.
Sintomas como dor no peito e falta de ar são muito frequentes em pessoas com distúrbios de ansiedade. No entanto, estes sintomas também são comuns em doenças cardíacas.
Podem surgir também sintomas como dor no peito, dificuldade em respirar após exercício, fadiga, tosse, palpitações, etc.
Outros sintomas comuns com outras condições são:
A doença, além de fazer o paciente sentir-se constantemente ansioso e preocupado, pode levar a outras condições de saúde física e mental, nomeadamente:
A recuperação do indivíduo depende da gravidade da doença. Os distúrbios de ansiedade podem persistir e serem difíceis de tratar, no entanto, em grande parte dos casos os pacientes melhoram quando combinam uma terapêutica farmacológica com uma terapia comportamental.
Não há formas científicas e medicamente comprovadas que previnam o distúrbio. No entanto, adotar um estilo de vida saudável como evitar um alto consumo de álcool, tabaco, cafeína, drogas, e praticar exercício físico ajuda a proteger das doenças.