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Lipedema ou lipoedema é uma doença crónica do tecido adiposo, afetando geralmente as pernas, ancas e braços, resultando, assim, de uma alteração patológica nas “células gordas” do organismo.
Distingue-se essencialmente através de 6 características:
Lipedema é geralmente desencadeado na puberdade, podendo também ser desencadeado ou agravar durante ou após a gravidez, durante a perimenopausa, e pós-cirurgia ginecológica.
O lipedema é observado em grande parte dos casos em mulheres, podendo também ser observável em homens. Geralmente, quando um homem é diagnosticado com lipedema, está associado a uma lesão hepática.
O lipedema é também muitas vezes confundido com obesidade e linfedema, pelo que se torna importante conhecer os sinais e sintomas da doença.
A causa da doença permanece ainda desconhecida. No entanto, existe a probabilidade de haver fatores de risco herdados, principalmente de familiares de primeiro e segundo grau que possuam a doença. Parece também estar associado a hormonas femininas, particularmente o estrogénio e a progesterona, dado ocorrer em grande parte dos casos após a puberdade, durante a gravidez, após cirurgia ginecológica, e na altura da menopausa. Em determinados casos, surge também devido a lesões hepáticas.
Pacientes diagnosticados com lipedema tendem a ganhar peso em áreas lipedémicas e a perder peso em áreas não lipedémicas. Pacientes obesos com lipedema submetidos a cirurgia bariátrica (cirurgia para redução do estômago) tendem a perder gordura, principalmente a partir da cintura para cima.
Os sintomas do lipedema incluem comprimentos desproporcionais e quadris desproporcionais. Com a evolução da doença, os pacientes tornam-se cada vez mais pesados na parte inferior do corpo. A expansão das células de gordura acaba por interferir com as vias dos vasos linfáticos, podendo os pacientes virem a desenvolver linfedema secundário.
Inchaços simétricos, dor ao toque e pressão, grande tendência para hematomas, num estádio avançado a pele arrefece mais depressa e a circulação sanguínea é má e pele com “casca de laranja” são também sintomas da condição.
No diagnóstico da condição é considerado o historial do paciente, assim como os sintomas após inspeção e palpação.
Existem diferentes graus para o lipedema:
Tipo I: acumulação de tecido adiposo subcutâneo nas nádegas e ancas e desenvolvimento fácil de hematomas após lesões insignificantes ou de contacto mais intenso.
Tipo II: o lipedema atinge os joelhos, havendo formação de bolsas de gordura.
Tipo III: o lipedema vai da anca ao tornozelo.
Tipo IV: os braços e as pernas ficam afetados exceto mãos e pés.
Tipo V: lipolinfedema com acumulação de líquidos nas mãos e pés, assim como nos dedos das mãos e pés.
Estádios alteração da pele:
Estádio I: superfície da pele ligeiramente granulada e sensibilidade ao toque.
Estádio II: superfície da pele com alta granulação e covas maiores.
Estádio III: grandes edemas e deformações da pele.
Dieta e exercício não ajudam a reduzir a quantidade de gordura associada ao lipedema, dado que a causa da doença não está associada a uma má alimentação ou hábitos alimentares pouco saudáveis.
É aconselhado que os pacientes diagnosticados com a condição usem peças de vestuário que faça compressão, no entanto, algumas pessoas não toleram este vestuário, dado que a gordura lipedémica subjacente causa bastantes dores, levando consequentemente a efeitos colaterais do linfedema, nomeadamente infeções recorrentes e desenvolvimento de fibroses.
Para tratamento da condição é muitas vezes aconselhado:
Apesar de este ser um problema sem tratamento específico, pode ser controlado seguindo orientações dadas por um profissional de saúde.
Alguns tratamentos usados para atenuar o edema (inchaço) não são eficazes no tratamento do lipedema. Tratamentos como:
No caso do lipedema ser diagnosticado precocemente, apesar de muito raro, poderá evitar-se uma expansão significativa das células de gordura e alertar os pacientes para os fatores de risco acrescidos, para que sejam tomadas medidas o mais adequadas possível.
Se o lipedema não for mantido sob controlo através de um estilo de vida saudável, a doença poderá piorar e os pacientes tornar-se-ão cada vez menos móveis.
Uma complicação temível dos linfedemas é a sua malignização. Um linfedema num estado bastante avançado e de longa duração poderá levar à formação de linfangiossarcoma – tumor maligno que se forma nas células endoteliais que revestem os vasos linfáticos – sendo no entanto, muito pouco frequentes (menos de 1% dos casos).
Um agravamento do linfedema dos membros inferiores pode levar a infeções. Uma infeção é um fator que agrava a insuficiência linfática. A falência imunológica local do membro explica o ciclo vicioso “infeção-edema”. Os germes mal ou não drenados favorecem o aparecimento de agentes infecciosos.
Pacientes diagnosticados com linfedema poderão ser envolvidos numa equipa multidisciplinar, constituída por especialistas em: